PLANEJAMENTO DA CRISE
- adm9460
- 17 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
O momento exige planejamento.
O mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), que atinge toda a população dos países e, inevitavelmente, toda a cadeia produtiva, as empresas, seus funcionários, enfim tudo e todos. São poucos os que já presenciaram uma pandemia, mas nunca houve uma pandemia com tanta informação em tempo real e afetando um mercado globalizado e interdependente.
Com este cenário atípico e a orientação de todos os órgãos de saúde para que se respeite o distanciamento social - e sempre que possível o isolamento social -, a grande maioria das empresas estão funcionando em regime de home office, com exceção das indústrias e empresas que atuam na produção, comércio ou prestação de serviços essenciais. Contudo, para todos surge a necessidade de um planejamento societário de sobrevivência.
Nas empresas é importante a formação de um comitê de gestão das consequências da pandemia, que separo em 3 grandes áreas: (1) Governança da Crise, (2) Gestão de Pessoas e (3) Impacto financeiro.
Para a formação do comitê de Governança da Crise, é importante que as empresas envolvam a diretoria e seus departamentos jurídicos e/ou advogados terceirizados, de forma que seja possível monitorar as novas legislações especiais editadas para o período da pandemia, definir a estratégia de manutenção dos postos de trabalho, manter firme os valores da empresa, definir o que é negociável, o que pode ser “cortado” e, ainda, indicar qual será a estratégia de comunicação com a sociedade, os fornecedores e seus colaboradores.
Para o comitê de Gestão de Pessoas, é importante um olhar especial para a saúde mental dos funcionários, apoio na formação do local do trabalho em casa, adotar uma comunicação transparente e rotineira, de forma que seja possível manter as atividades diárias e, principalmente, preparar a retomada das atividades após o isolamento.
O comitê que cuidará do Impacto Financeiro deve buscar minimizar as perdas, fortalecer o capital de giro, buscar as linhas de crédito especiais para compor o fluxo de caixa para a folha de pagamento e negociar o pagamento de suas obrigações de forma mais flexível, porém, na medida do possível, não suspender os pagamentos indiscriminadamente, pois se todos ligarem a tecla ... “não vou pagar mais a ninguém” haverá um risco financeiro geral, que afetará a todos nós e todo o sistema produtivo, em cadeia. Enfim, vamos preparar o planejamento empresarial dos próximos 100 dias, com foco em uma economia de guerra, pronto para as diversas vídeo conferências e ficando EM CASA!
Rogério Barbosa
Advogado
Sócio de Coutinho, Barbosa, Carvalho Advogados
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